Felizmente temos a nossa disposição várias técnicas para a identificação dos riscos presentes nas atividade de trabalho, por exemplo: Análise Preliminar De Risco – APR, Análise de Árvore de Falhas – AAF, Árvore de Causas – ADC, Análise de Modos de Falhas e Efeitos – FMEA, Estudo de Perigos e Operabilidade – HAZOP, Técnica de Incidentes Críticos – TIC, Análise de Riscos: WHAT-IF (WI), Método dos Eventos Adversos e outros.

Vejam que o arsenal para determinar os riscos nos ambientes de trabalho é bastante considerável. Mas e quanto as medidas de controle, existe algum método que pode ser utilizado?

Na verdade não há um método específico, o que existe é uma hierarquia para o controle dos riscos, que parte das seguintes premissas:

– As medidas de eliminação e controle de risco aplicáveis aos processos e ambientes de trabalho são sempre mais eficientes se abrangerem o coletivo de trabalhadores expostos ao risco.

– As condições em que um trabalho é executado podem ter sido consideradas adequadas quando de sua concepção, mas podem ser hoje inaceitáveis.

Ao determinar os controles ou considerar as mudanças nos controles existentes, deve-se considerar a redução dos riscos de acordo com a seguinte hierarquia:

1. Eliminação: Eliminar o processo ou a causa da condição perigosa: Por exemplo veículos que não tem a porta traseira do lado esquerdo de forma a evitar atropelamentos no desembarque dos passageiros, ou serras elétricas que desligam imediatamente ao ocorrer uma mudança na densidade do material que está sendo cortado.

2. Substituição:

2.1 Substituir por um processo alternativo: Por exemplo podemos evitar o contato da pele com o óleo de corte se adotarmos o processo de produção “à seco” com a aplicação de técnicas de forja, fundição em moldes etc., ao invés da usinagem tradicional.

2.2. Substituição dos materiais utilizados: Por exemplo a troca do gás freon (diclorodifluorometano – nocivo à camada de ozônio) pelo gás propano como propelente das latas de aerossol.

3, Sinalização, alertas, controles administrativos – A sinalização consiste num procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de perigo existentes.

É de fundamental importância a existência de padronização da sinalização, documentada e de conhecimento de todos.
Os materiais de sinalização consistem de cones, grades, placas, bandeirolas, fitas, etc.

4. Instalação de dispositivos e controles de engenharia: por exemplo, os sistemas de exaustão e ventilação, o redesenho de máquinas e equipamentos, enclausuramento de máquinas;

5, Redesenho da tarefa ou do trabalho, mudanças na organização do trabalho e práticas alternativas de trabalho: Como exemplo podem ser citados: o enriquecimento do conteúdo das tarefas, nos trabalhos monótonos e repetitivos, a mecanização de tarefas de modo a tornar o trabalho físico mais leve e confortável;

6. Uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

  • Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho
  • Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas
  • Para atender a situações de emergência

As medidas de proteção individual, aplicáveis a trabalhadores, apesar de necessárias, geralmente são menos efetivas; pois, potencialmente reduzem o dano que pode resultar da exposição a um fator de risco, mas não removem a causa ou fonte do problema.

Decio Wertzner – Fazer Segurança T&C – maio/2023

 

 

 

 

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